quarta-feira, 20 de abril de 2011

A Verdade Total /+ Deva Premal


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A Libertação

Em seu estado de perfeição, a Consciência Total
É inconsciente de sua consciência;
Então a consciência se levanta
num gemido de Aum
e o sonho da criação começa.
É consciente de ser,
E exulta nesta condição de ser.
Imersa no amor do estado de eu sou,
Expressa-se na dualidade.
Através da união do duplo aspecto masculino-feminino,
Através dos cinco elementos:
Espaço, ar, fogo, água e terra,
Através dos três Gunas:
Sattva, Rajas e Tamas
Manifesta-se na duração.

No sonho do espaço-tempo
Manifesta-se como fenômeno,
Criando milhões de formas,
Soprando nelas a força da vida
e a consciência imanente que a tudo permeia;
Através destas formas, em regozijo amor por si mesma,
a consciência funciona como Prajna.
Os seres sensíveis – meras imagens,
Assim concebidos – maravilha das maravilhas! –
Como objetos uns aos outros se percebem,
assumindo a subjetividade por si mesmos,
Cada um, em maravilhosa ilusão,
Vê-se como entidade separada,
Com julgamento e vontade independentes.

Cada um esquece seu potencial ilimitado
como Númeno Absoluto,
e aceita sua identidade limitada como aparência,
Um mero fenômeno;
Cada um toma o funcionamento de Prajna
Como suas próprias ações pessoais,
Ata-se a uma escravidão ilusória.
E ‘sofre’ dores e prazeres!

Aparece, então, o Guru misericordioso,
Pleno de Graça e Luz divina,
E mostra a ele o que é realmente:
Aquilo que ele acredita ser
Nada mais é que um ovulo
Fecundado no útero da mãe,
No qual está latente a luz da sensibilidade
A noção de "eu sou", a consciência que ele é.
Com milhares de nomes designados,
Rama, Krishna, Ishwara, Brahman,
É o mesmo estado de "eu sou";
A luz da consciência, Mahamaya,
Em grandiosa ilusão, confunde
Sua própria natureza e a conduz erradamente.
Até que o Guru diga: Pare, veja a si mesmo
Como você é, em sua verdadeira glória.
Sobre seu estado original atemporal,
A numenalidade Absoluta, apareceu
Como uma doença temporária, o corpo-com-consciência,
Espontaneamente, sem causa ou razão,
como parte do funcionamento de Prajna.
E se desenvolve pelo seu tempo de vida
Até que, também espontaneamente desapareça –
e a consciência, não mais consciente de si mesma,
Funde-se na Consciência – ninguém nasce, ninguém morre.

Diz Nisargadatta Maharaj
De maneira simples e direta:
O que você era antes de adquirir o corpo?
Volte para a origem; permaneça tranquilo, e então
O buscador desaparecerá e
se fundirá na busca.
Não mais consciente da Consciência,
na Totalidade e unicidade,
Eu sou sem dualidade.
Com penetração e intuição,
Com profunda convicção, facil de apreender.
Isto-Que-É está além dos limites do intelecto.
Só a objetiva e a fenomênica –
presença ou ausência – o Intelecto poderá compreender.
Mas o que-Eu-sou não é presença nem ausência;
Ausência da presença da presença,
Ausência da presença da ausência,

S. Nisargadatta Maharaj - Sinais do Absoluto

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