Depus a máscara e vi-me ao espelho. — Era a criança de há quantos anos. Não tinha mudado nada... É essa a vantagem de saber tirar a máscara. É-se sempre a criança, O passado que foi A criança. Depus a máscara, e tornei a pô-la. Assim é melhor, Assim sem a máscara. E volto à personalidade como a um términus de linha. |
sábado, 26 de março de 2011
Fernando Pessoa - Depus a Máscara
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Permitam-me uma divagação acerca desse poema do Álvaro de Campos.
ResponderEliminarSerá que não existiria um "conjunto de máscaras", ou seja, como as "cascas" de uma cebola, em que, se retirando um envoltório, outro aparece por baixo e assim, sucessivamente, até atingir o seu fulcro?
Quero dizer que, tiramos uma camada da máscara, mas outras ainda aparecem.
Ou não? Segundo o dim-dim a máscara se retira de uma vez, e o que resta é o Espírito desnudo.
Calma, que a gente ainda chega lá, em demanda à supressão desse bendito ego!!!
;)